segunda-feira, 30 de abril de 2007

O Fado... O Meu Fado!


O Fado é a história da vida de cada um.
A vida não é só alegria, não é só tristeza…
Por isso o Fado é alegre e triste.
A nossa vida é um Fado.
É por isso que o Fado é mais que sons, é mais que ritmo, é mais que harmonia.

O Fado é um poema cantado.

O Fado aprende-se a gostar, como se gosta de viver.
Porque: o Fado é a vida, a vida é nosso fado.



O Fado é o género musical que só os portugueses conseguem interpretar. Transmitir o sentido poético através do som dolente, mavioso e único da guitarra portuguesa. A palavra saudade, os sons nostálgicos a expressão de cada voz, com as diferentes formas de fazer chegar a quem ouve a mensagem que o poeta escreveu, diferente de qualquer outra canção, por isso o fado é único, o fado é de Portugal.
Mila




terça-feira, 17 de abril de 2007

Arte

Dança do Vento - Desenho a lápis de cor e fundo a tinta da China feito por mim em Abril 2007

Pinceladas de cor nas sombras abstractas da minha imaginação, brilhos deixados num por do sol cheio de luas, penumbra de sentimentos traçados a pormenor, com um pincel fino, que a brisa marinha desbota no invisível, deste mundo de criatividade. Olhar critico que deixa o destino da tela, à mercê dos meus olhos fechados, confiante no talento que me nasce da alma, cores que escorrem e se misturam sem sentido, dão vida a uma melodia silenciosa que os olhares escutam, texturas do momento que nunca mais se repetem e que o tacto de quem sonha ao contrário, sentirá de outra forma. Colorido de incompreensão inócua, na simples escolha da parede branca, onde a intensidade perfeita, da luz de um dia de Verão, realçará o sentido do delicado quadro, que tentadoramente, ainda está fresco. Num instante de raiva inesperado, as minhas mãos, penetram nas tintas, e com elas se misturam, metamorfoseiam o frágil efeito artístico do desenho, nascido do acaso, os meus dedos deslizam cruamente e sem nexo, entre contornos e efeitos visuais, reinventam novas formas de sentir, novos traços, impressões eternas, para sempre gravadas na pintura final, num momento de cega loucura, que o tempo jamais irá apagar. São segredos abertos e entregues aos olhos de quem vê, que apenas eu consigo entender, sofrer e decifrar.
Mila
2007/17/04

domingo, 8 de abril de 2007

Fado dans Jardin du Luxembourg em Paris


A História do Fado





Já aqui se referiu a História do Fado. Desde António Maria Eusébio (Calafate) em Versos do Cantador de Setúbal -1901, a Júlio Dantes com A Severa e o envolvimento dos Marialvas no seu progresso.
Mas o Fado é a expressão musical enraizada no povo.
Mesmo que tenha sido a nobreza que mais significado tenha dado a tal critério.

Uma deliciosa resenha histórica da vida da maior cantadeira do Fado.
Por http://www.vidaslusofonas.pt/amalia_rodrigues.htm

E aqui fica um video com um Fado que gosto de ouvir Diva.

Amália no Coliseu de Lisboa com "Maria Lisboa"


Noite de Fado em Paris - Páscoa 2007


Quando Lisboa Canta


quarta-feira, 4 de abril de 2007

Maria Clara uma intérprete tambem do Fado !


Maria da Conceição Ferreira Machado Vaz, filha de Guilherme Ferreira e de Sorgue Caetano Ferreira, nasceu a 5 de Outubro de 1923, na Travessa das Almas, freguesia da Lapa, em Lisboa, onde viveu a sua infância e adolescência. Em 1942, com 19 anos, já abrilhantava uma peça em cena no Grupo Dramático "Os Combatentes" de Campo de Ourique - onde era já famosa no ping-pong - deitando a casa abaixo com palmas sempre que interpretava as “suas” bonitas canções com uma voz da mais pura e cristalina água, por vezes a roçar o canto lírico.Pouco tempo depois, num concurso organizado pel´O Século, descobria-se que "Nasceu uma estrêla!" título d´O Século Ilustrado de 18 de Janeiro de 1943, a propósito do êxito sem precedentes alcançado pela jovem cantadeira na opereta "A Costureirinha da Sé", estreada no Porto em 8 desse mês e onde contracenava com António Vilar, Costinha e Luísa Durão, tendo estes últimos de lhe dar um empurrãozinho para ela conseguir entrar em cena...Foi durante as sessões dessa opereta que Júlio Machado de Sousa Vaz, neto de Bernardino Machado e, na altura, quase professor catedrático, a conheceu e dela não mais se separou até que a morte o levou em 1999, com 90 anos.Embora o romance não tivesse sido muito fácil, pois, de início, Maria Clara respondia com bastante parcimónia aos convites do jovem professor universitário, casaram ainda esse ano, indo viver para a Rua Anselmo Braamcamp e, depois, para a Rua do Bolhão, no Porto, perto do famoso Mercado onde todas as vendedeiras sempre a trataram carinhosamente por Clarinha.A 16 de Outubro de 1949, com 26 anos, foi a feliz mamã de um menino sensível e terno, que aos 10 ou 11 anos, muitas vezes a acompanhava aos espectáculos, escutando-a, embevecido, atrás dos bastidores. Que sempre foi ela a sua melhor amiga e conselheira até que a doença no-la roubou a todos, nunca fez segredo o seu filho Júlio Machado Vaz.Maria Clara, além de ter actuado em numerosos espectáculos na rádio, em revistas e no teatro, gravou centenas de canções de variadíssimos géneros, entre fados, canções ligeiras, marchas, etc., entrando no coração de todos os que tiveram a felicidade de a escutar. Foi uma das “Rainhas da Rádio”.Do seu vasto reportório podemos destacar títulos como "Figueira da Foz", "Maria Severa", "Marcha do Outono", "Ó Zé Aperta o Laço", "Amor, Não Digas Não", "De Cá Para Lá", "Alfazema do Monte", "A Casa de Santo António", "Barca do Lago", "As Pedras Que Tu Pisas" ou “Canção de Tavira”.No entanto, quando concorreu à Emissora Nacional, foi reprovada, talvez devido às ideias progressistas de seu marido, o qual tinha sempre o cuidado de a prevenir para não apertar a mão a certa gente...Infelizmente, Maria Clara não saberá nunca desta pequena homenagem. Aquando do falecimento do seu marido, querendo segui-lo e simultaneamente não deixar o seu filho e netos, o seu espírito partiu com o Dr. Júlio Vaz e deixou para trás o seu corpo entre o carinho dos seus.


Parabéns, Maria Clara.

Marcha do Outono(António Melo/Silva Tavares)